Leio livros, escuto música, assisto séries e dou play na minha playlist favorita. E nem assim consigo me desprender da ideia de você. Do fato de que, se tivéssemos dado uma chance a mais, poderíamos ser algo. Diríamos com orgulho que somos um do outro, que éramos algo ao qual eu poderia chamar de amor, que eu teria com você. Eu você e mais ninguém. Teria significado na nossa história. Não seria mais uma. Você não seria mais um. Seriamos um do outro e assim quem sabe, poderia dizer a todos o quanto te amo. Eu sentiria arrepio só de falar isso com clareza, e certeza. Mas infelizmente isso não passa de uma memória vazia a qual insisto em alimentar. Mas estou procurando algo que me faça esquecer você e por mais que pareça impossível encontrar, eu sei que vou achar uma hora e quando isso acontecer você pode se preparar. Porque eu finalmente terei esquecido você.
(...)
Prometo não te mencionar quando estiver com meus amigos e relembrarem amores passados.
Prometo deixar enterrado no mais fundo e obscuro abismo aquilo que tivemos, o gosto adocicado e amargo ao mesmo tempo, que me salvou por um momento e depois me destruiu. Farei questão de fechar esta ferida sem falar para ninguém. Nem quando estiver nesse assunto com meus amigos mais próximos. Farei com que isso não tenha existido. Que foi apenas mais uma memória da qual evito me lembrar, pois dói e me retira pedaços cada vez que passa pela minha cabeça. Não te darei o gosto de me destruir mais uma vez.
(...)
Você me teve nu, desprovido e dilacerado, estive completamente entregue para ti no meu momento mais sensível e desesperado. E no instante em que percebeu que havia me conquistado e que eu estava em sua mercê, você me soltou, no mais extremo do abismo, sem receio ou arrependimento. Simplesmente fazendo o que, sem eu perceber, já pretendia. Era seu propósito. Me deixar confortável para depois me empurrar do penhasco.
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