Um olhar triste.. era o que eu sentia quando te observava através do espelho, do qual refletia sua angústia e solidão. Sentimento esse tão forte que chegava a penetrar minha alma, atravessando meu peito que sem permissão alguma, fez moradia e trouxe amargura e aconchego ao meu coração. Doeu mesmo, quando decidiu abrir minhas entranhas e forçou-me a falar das minhas feridas mais profundas, das quais sangravam até que estivesse na carne branca, sensível e quase incurável. A parte mais obscura, e mais significativa de mim, onde nem a agulha mais penetrável consegue fechar, cicatrizar, costurar, ou nem que seja anestesiar. Essa ferida aberta e ensanguentada que dilacera cada centímetro do meu ser, onde se encontra desesperado a procura de um sentido que o fez desistir de nós.
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Diante de você Devastado e apropriado Me convenci que a única lembrança que existiria de nós, não seria de beijos e noites tranquilas na lareira, mas sim do vasto e despreparado fim ao qual você nos limitou. Rasgou, desfez, rejeitou, afligiu e dilacerou cada parte da minha alma ao dizer que valia mais a pena acabar do que dar significado ao que tinhamos. Ou que eu acreditei que existia. Não sei. O que sei é que vou precisar de mim mesma nesse momento de profunda agonia, por saber que não estará me esperando no sofá as 22 horas após nossos dias longos e estressantes. Que não estará escolhendo qual filme veremos, ou em qual episódio paramos do último seriado. É isso que dói, é a ausência de todos os momentos bons e significantes que de alguma forma anestesiava minhas dores, ao qual somente você me proporcionou
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